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  • ASSIM NASCIA ARARUAMA FREGUESIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULO


    O antigo Curato de São Vicente de Paulo foi criado de conformidade com a lei provincial no 737, de 28 de outubro de 1854, na localidade denominada “Pavuna”, então freguesia da Aldeia de São Pedro, do Município de Cabo Frio. Três anos depois, em 13 de outubro de 1867, o curato era elevado à categoria de freguesia, de acordo com a lei provincial no 977, devendo-se tal feito em grande parte aos esforços dos Drs. Francisco Manuel Soares de Souza e Antonio Gonçalves de Lima Torres, tendo o primeiro sido eleito Juiz de Paz da Freguesia no ano de 1868.
    Primitivamente, o Curato funcionou em uma capela erigida na casa de João Baptista Gomes, passando depois a ocupar um templo construído às custas dos paroquianos, entre os quais João Joaquim de Vasconcelos e o Dr. Francisco Joaquim de Souza Motta, que desempenou o cargo de Vacinador em 1868 e Juiz de Paz da Freguesia em 1885.
    Cortines Laxe, ao resumir o histórico da Freguesia de São Vicente de Paulo, assim se refere: A lei diz " no lugar da Pavuna, onde faz junção a estrada da Cidade de Cabo Frio à lagoa de Juturnaiba com a que vai do Morro Grande à Barra de São João, na paróquia de São Pedro da Aldeia". Os seus limites foram, em virtude dessa lei, marcados pela " Deliberação presidencial ”, de 16 de agosto de 1958. assim: “A linha divisória... partirá do lugar de Bragança. onde serve delimite entre as freguesias de São Sebastião de Araruama e São Vicente de Paulo; procurando dali, em linha reta, o travessão de Joaquim Ferreira Armundes de Andrade; e por ele até encontrar a estrada geral da lagoa de Juturnaiba, ficando dai em diante com o mesmo que tinha o antigo curato”, e que havia sido marcado pela “Deliberação presidencial ", de 25 de janeiro de 1855, pela forma seguinte:


    " A linha divisória do território do Curato de São Vicente de Paulo, no termo de Cabo Frio, criado pelo Decreto no 737. de 28 de outubro do ano passado, partirá da praia de lguaba Grande, no litoral da Lagoa de Araruama, e seguirá pela primeira estrada à leste do armazém de Marinho Sampaio, passando pela frente das vendas de Bento José Martins e Vilas Boas, até a estrada da Pavuna; e deixando à direita a casa de Inácio Galego, voltará à esquerda, seguindo pela dita estrada da Pavuna até o travessão denominado Socó: e seguindo por ele até o ltaí, na venda do Tenente Francisco Dias, tornará a voltar à esquerda pela estrada da Sapucaia ao Pau Rachado, e seguirá por esta estrada até a venda de Vieira Xavier, que fica em frente à estrada da Barra, pela qual irá terminar no rumo dos índios, que limita a freguesia da Aldeia de São Pedro, com a de Cabo Frio, ficando à direita dessa linha a freguesia da Aldeia, e à esquerda o Curato de São Vicente de Paulo; este terá pelos outros lados os mesmos imites que tinha a freguesia da Aldeia de São Pedro.
    A transcrição, por mais que seja copiosa e até maçante, serve para elucidar possíveis dúvidas sobre a verdadeira localização e jurisdição daquele que hoje constitui o 3o Distrito de São Vicente de Paulo, além de nos fornecer importantes dados históricos sobre os geonomásticos araruamenses.
    Com base na obra de Cortines Laxe ficamos sabendo que o texto legal referia-se ao lugar da Pavuna, onde fazia junção a estrada da Cidade de Cabo Frio para a Lagoa de Juturnaiba com a outra que ia do Morro Grande até à Barra de São João, na então paróquia de São Pedro da Aldeia.
    Observando detidamente um croquis do Município de Araruama, elaborado em 1936 pelo Departamento de Estatística e Publicidade da Prefeitura, pudemos constatar a localização exata da Lagoa de Juturnaiba, que hoje faz a divisa dos Municípios de Araruama e Silva Jardim.
    Referências curiosas e interessantes sobre essa lagoa Localizada no 3o Distrito de São Vicente de Paulo fomos encontrar na Relação das declarações que manda fazer o o Exmo Sr. Marques do Lavradio Vico Rei do Estado, no Distrito de Cabo Frio (1179). cujo precioso exemplar nos chega providencialmente de Brasília, por intermédio e pela benevolência do escritor Tácito Pace, que é também um pesquisador das nossas coisas histórias. Na Relação, assinada pelo Mestre de Campo Manuel Antunes Ferreira, a lagoa aparece grafada como “Alagoa de Inhutruayba", onde existia — diz o autor do relatório — o engenho do capitão-mor Cypriano Luiz Antunes, que se Localizava acima da lagoa com uma légua de terra por cultivar’. "No fim desta légua da mesma parte do sul tem Antonio Pinto e um irmão chamado Manoel Pinto, duas léguas de terra também por cultivar. E prossegue o relator assinalando aqui e ali a existência das raríssimas benfeitorias, dos currais, culturas. número de escravos e outros dados que nos possibilitam fazer uma avaliação sobre a situação econômica da região dos Lagos no final do século XVIII.
    Respeitando a grafia original, transcrevemos um trecho da Relação
    Relação:
    Todos os Certoens que medeião entre os moradores de lraruam, a Fazenda chamada Parati, as duas lguabas a grande e pequena, the o Rio Bacaha estão por cultivar.
    ‘Todos os Certoens que medeião entre as terras dos índios da Aldeya de S. Pedro the a Alagoa lnhutrauahyba, estão por cultivar.
    Todos estes Certoens estão por cultivar porque os moradores da Margem da lagoa de Saquarema e Hypitanga não se alargão para o Centro do Certão das torras e o mesmo acontece com todos os mais de lraruama, fazendo de Parati, lguaba, e Aldeya dos índios, que estas só se entranham pelos mattos dentros a fazerem gamellas, e alguns taboado. Da parte de Bacaxá, Rio de Bacaxá e Alagoa de Inhutrauayba acontece o mesmo porque todos moram nas testadas das terras.
    No século XIX, sobretudo a partir da segunda metade, as terras, até então por cultivar, aparecem como prósperas fazendas de café; como engenhos produtores de aguardente e açúcar; como fazendas do criação; olarias etc., conforme se pode inferir, a partir dos dados constantes do Almanack Administrativo Mercantil e Industrial, na parte alusiva à Província do Rio de Janeiro, seção dedicada à Freguesia de São Vicente de Paulo. Para que se possa ter uma idéia mais precisa da prosperidade alcançada naquela freguesia no século passado, vale citar alguns dados numéricos, como por exemplo a quantidade de fazendeiros e Lavradores de café e outros mantimentos no ano de 1868, que chegava a 148, com destaque para a Fazenda de São João, de propriedade de Dona Anna Joaquina das Neves Vieira: Fazenda do Retiro de Antonio do Abreu Castro; Fazenda de São Pedro de Felicíssimo Manoel Coelho; Fazenda do Barro Vermelho, de propriedade de Dona Felippa Augusta de Magalhães.
    Nesta mesma época, embora em número mais reduzido, despontavam alguns engenhos de açúcar de propriedade de abastados fazendeiros, como a Fazenda de Soubara, do Comendador Francisco Álvares de Azevedo Macedo, o oficial de mais alta patente da Guarda Nacional da Região dos Lagos. Ali nas terras daquele engenho à vapor existia um porto fluvial que possibilitava o fácil escoamento de toda a produção até Cabo Frio.
    Era uma fase de grande prosperidade na então Freguesia de São Vicente de Paulo, que á contava com dezenas de negociantes de secos e molhados, vários médicos, entre os quais destacamos os nomes dos doutores Francisco Manoel Soares de Souza; Francisco Joaquim de Souza Mona; Francisco de Souza Oliveira e José Dias Pinto de Figueiredo; três boticários cirurgião dentista (Dr. José Machado Correa); relojoeiro (Domingos Durux); cinco olarias; 3 padarias; 5 alfaiates; 3 lareiros; 1 loja de seleiro; o hotel de Manoel Francisco Maia e até mesmo o requinte de um artista plástico, José Narcizo dos Santos Luzes, que segundo anunciava, "era perfeito na arte de pintura, mestre e compositor de música e de desenhos". Será que algum trabalho desse artista foi preservado?
    Em 1868 atuava como vigário da Freguesia o Padre Francisco Alves de Brito, que era acolitado pelo Sacristão José Germano Villar. Nesta época já existiam algumas escolas subvencionadas e aulas particulares, constando os nomes dos seguintes professores: Joaquim Plácido Nogueira e Jacinto Narciso Calheiros (públicos); Antonio Marçal da Costa, D. Mariana de Souza Moreira e O. Rita Guilhermina Garcia dos Reis.
    Como diversão, os moradores de São Vicente de Paulo contavam com o Bilhar de José Alves da Silva.
    Dezessete anos depois, isto é, em 1885, a Freguesia de São Vicente de Paulo, como de sorte todo o Município de Araruama. começa a gradual decadência, que vai culminar no final do século XIX, com a transferência da produção cafeeira para as terras paulistas, o que coincide com a Libertação dos Escravos (13/5/1888) e a Proclamação da República (15/11/1339).
    Naquela época (1885), era Vigário de São Vicente de Paulo o Padre Thomaz Antonio da Silveira Bulcão, que desempenhava também o papel de Inspetor Paroquial de Ensino da Freguesia. O número de fazendas produtivas de café caíra de quase 150 para apenas 106, enquanto a quantidade de engenhos de açúcar permanecia num total de sete, que era também o número das olarias. São Vicente de Paulo contava, nesta época, com 2 ferreiros, 2 marceneiro, 4 médicos, 1 professor de música, 21 negociantes, 2 padarias, 2 farmácias, 3 pedreiros, 1 sapateiro, 2 seleiros, 12 carpinteiros, 2 alfaiates, com um cemitério, que era zelado por Antonio Xavier, além de uma Estação Telegráfica, administrada por Francisco José Soares da Silva.
    Como Fiscal e Representante da Câmara Municipal de Araruama na Freguesia, encontrava-se Antonio José Leite, e na parte da Justiça, atuavam como Juizes de Paz, Francisco Joaquim de Souza Mota, Francisco José dos Santos, Justiniano Lucas e Antonio José de Vasconcelos.
    Na área da Educação, São Vicente de Paulo contava, em 1885, com os professores Joaquim Frade, Francisco Nogueira, Umbelina Pereira, Maria da Piedade, Rodolfo Gil de Oliveira e Victório Gonçalves de Souza.
    Na República, o já 3o Distrito de São Vicente destacou-se, como ainda se destaca, pela sua produção excepcional de cereais, hortaliças e frutas, como laranja, banana etc.
    BIBLIOGRAFIA
    ALMANACK Laemmert 1852 a 1885— Seção de Microfilmes da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro.
    MACEDO SOARES, Argemiro Ribeiro de — O Município de Araruama — Monografia Geográfica por. . .. Niterói. 1945.
    CORTINES LAXE, João Baptista — Ap. VII — Município de Araruama “Regimento das Câmaras Municipais” ou Lei de 1o de outubro de 1828. Rio de Janeiro, 1885
    LACERDA, Ronato de — A Musa Fidalga de Rio Bonito
    VALLE JR., Arthur — Araruama — Ensaio de levantamento estatístico do Município — Separata do Boletim do Informações Econômicas, mandada preparar peLo Prefeito Sr. Antonio J. Alves Blanco. Rio de Janeiro, 1937.
    OLIVEIRA JÚNIOR, Desidério Luiz de, Legislação sobre os Municípios, comarcas e districtos, abrangendo o período de 6 de março de 1835 a 31 de dezembro de 1925.
    PACHECO, elyzio — O Homem dos Lagos — Suas lendas, sagas e históricas. História d'Iguaba —Fascículo 1 — Introdução. lguaba Grande, 1986.
    LAMEGO, Alberto Ribeiro — O Homem e a Restinga. 2a ed., revista pelo autor. Ed. Lidador, Rio de Janeiro, 1974.
    SOUZA E SILVA, Joaquim Norberto de — Memória Histórica e Documentada das Aldeias de Índios da Província do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1855.
    ALCOFORADO, Pedro Guedes — O Sal Fluminense, 1925.
    THIEBLOT, Marcel Jules — Os Homens do Sal no Brasil, edição do Conselho Estadual de Artes e ciências Humanas de São Paulo, 1979.
    REVISTA - MUNICÍPIOS EM DESTAQUE - PELA COOPERAÇÃO NESTE TRABALHO.


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    Araruama, tens paisagens tão lindas
    Araruama, tens belezas infindas
    Araruama, o teu sol que seduz
    Sob o teu céu que é o mais estrelado
    Se formam noites azuis.
    Os teus lagos de águas dolentes
    Prateados de raro esplendor
    Dão otimismo aos indiferentes
    E o ambiente para o amor.

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